No centro de todas as neuroses, está a angústia. O neurótico vive os conflitos humanos fundamentais de forma dolorosa e recorrente.
A neurose é uma perturbação do contato inter-humano.
Conheça as síndromes psicológicas classificadas como neuróticas
No centro de todas as neuroses, está a angústia. A pessoa neurótica vive os conflitos humanos fundamentais de forma particularmente dolorosa e recorrente, apresentando sintomas ansiosos, fóbicos, obsessivos, histriônicos e hipocondríacos.
Tais sintomas oscilam e se alternam no tempo, com muita freqüência, permanecendo um núcleo constante, que se denomina neurose.
Quadros Fóbicos
As síndromes fóbicas caracterizam-se por medos intensos e irracionais, por situações, objetos ou animais que objetivamente não oferecem ao indivíduo perigo real e proporcional à intensidade de tal medo.
Agorafobia
Na agorafobia, o medo e a angústia relacionam-se a espaços amplos ou com muitas pessoas, à possibilidade de estar em locais de onde possa ser difícil escapar ou onde o auxílio ou a presença de pessoas próximas não seja rapidamente acessível.
Os indivíduos com agorafobia têm, frequentemente, crises de medo e angústia quando estão fora de casa, em um congestionamento, em uma ponte ou túnel, em meio à multidão, em um estádio de futebol, em um grande supermercado, no cinema ou no teatro. Têm, com freqüência, medo de viajar de ônibus, automóvel ou avião. Há tendência de evitar tais situações, o que geralmente leva a um estreitamento das possibilidades vivênciais do indivíduo, restringindo-o, às vezes, sua casa e a ambientes muito familiares e seguros.
Fobia Simples ou Específica
A fobia simples ou específica caracteriza-se por medo intenso, persistente, desproporcional e irracional, como medo de animais (barata, sapo, cobra, passarinho, cachorro, cavalo, vaca, etc), medo de ver objetos como seringas, sangue, faca, vidros quebrados, etc.
A exposição ao objeto ou animal que tem medo geralmente deflagra uma crise de angústia ou mesmo de pânico. Os indivíduos acometidos reconhecem o caráter irracional e desproporcional de seus
medos mas, não conseguem se controlar.
Fobia Social
A fobia social caracteriza-se por um medo intenso e persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao contato interpessoal, demonstrar certo desempenho ou situações competitivas e de cobrança. O indivíduo sente intensa angústia ao ter de falar em público, apresentar um seminário, fazer uma palestra, ler um trecho de um livro, etc.
O medo à exposição é mais forte com pessoas estranhas ou tidas como superiores. O indivíduo tenta evitar tais situações e reconhece o caráter absurdo de seus temores.
Síndromes Obsessivo Compulsivas
Os quadros obsessivo compulsivos caracterizam-se por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos.
É como se o paciente fosse obrigado a fazer tal ritual senão algo ruim pode acontecer, e cria-se situações imaginárias cíclicas onde o obsessivo compulsivo fica preso nesse looping mental e comportamental.
Síndromes Obsessivas
Caracterizam-se por idéias, pensamentos, fantasias ou imagens persistentes, que surgem de forma recorrente na consciência; são vivenciadas com angústia e como algo que “invade” a consciência. O indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo desses pensamentos, tentando, às vezes, neutralizá-los com outros pensamentos ou com atos e rituais específicos.
Síndromes Compulsivas
Predominam os comportamentos e rituais repetitivos, como lavar as mãos inúmeras vezes, tomar muitos banhos, verificar se as portas estão trancadas por dezenas de vezes, etc., assim como por atos mentais como repetir palavras mentalmente em silêncio, fazer determinadas contas, rezar, etc
Histeria de Conversão
Os sintomas e as perturbações corporais são muito variados: paralisias histéricas, anestesias e analgesias histéricas, cegueira histérica, perturbações histéricas no andar e no ficar de pé (astasia-abasia) e perda da fala ou rouquidão histérica (afonia histérica).
Chama a atenção, nesses pacientes, o fato de, ao notarem seus distúrbios corporais aparentemente muito graves (paralisias, cegueira, anestesias, etc.), reagirem vivencialmente com indiferença exemplar. A isso, os clínicos antigos denominaram la belle
indifférence des hystériques (a bela indiferença dos histéricos).
Histeria Dissociativa
Podem ocorrer alterações da consciência, com pseudocrises que se assemelham a crises epilépticas. Ocorrem frequentemente como crises histérico-dissociativas com rebaixamento e afunilamento da consciência (estado crepuscular histérico). Também são consideradas formas de histeria de dissociação as amnésias histéricas, nas quais o indivíduo esquece elementos seletivos e significativos do ponto de vista psicológico. Além disso, podem ocorrer fugas histéricas e fenômenos sensoperceptivos (ilusões, pseudo-alucinações) de natureza histérica. Estudos recentes indicam que ocorrem alterações cerebrais funcionais durante os episódios com sintomas histéricos de conversão.
Hipocondríacos
Nos quadros hipocondríacos, predominam os temores e as preocupações intensas com a idéia de ter uma doença grave. Essas idéias surgem geralmente a partir de sensações corporais ou sinais físicos insignificantes. O individuo procura constantemente os médicos e os serviços de saúde para ter garantias de que não tem doença grave. Entretanto, embora haja uma preocupação enorme com a possibilidade de sofrer de tais doenças, essas preocupações não possuem caráter delirante, podendo o indivíduo fazer uma crítica, em algum momento, quanto ao caráter absurdo de suas preocupações.
Somatização
Já a somatização é um termo de significação muito ampla, referente ao processo pelo qual um indivíduo usa (consciente ou inconscientemente) seu corpo ou sintomas corporais para fins psicológicos ou para obter ganhos pessoais.
Os sintomas comuns são dores difusas (enxaqueca, dor na cervical, fibromialgia, “corpalgias”, etc.), sintomas no estômago (enjoo, gastrite, hemorróidas, etc.) e síndromes pseudoneurológicas.
A somatização pode ocorrer na presença de doença física demonstrável (intensificando demasiadamente a sua apresentação sintomática), assim como na ausência de qualquer patologia física. Em geral, há o desejo de adquirir o papel de doente físico para obter ganhos primários (psicológicos, intrapsíquicos) ou secundários sociais ou interpessoais).
A somatização pode servir como um meio de comunicação quando a expressão verbal mais direta está bloqueada.
Alexitimia
Denomina-se alexitimia a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los de sensações corporais, assim como a dificuldade de falar sobre as próprias emoções e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo.
A alexitimia parece ser mais frequente em alguns grupos sociais e culturais e possivelmente se associa a certos traços de personalidade, como introversão, isolamento e piores relações interpessoais, onde a comunicação é escassa.
Entenda mais sobre: Síndromes e Transtornos
Leia mais e descubra os CRITÉRIOS DE NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA
Existe tratamento para as Síndromes Neuróticas?
Sim, existe. O tratamento é avaliado de forma individualizada, em geral, a indicação é de psicoterapia, podendo ser associada a tratamento medicamentoso, que é prescrito e acompanhado pelo psiquiatra. Dados mostram que o uso exclusivamente de medicamentos psicoativos tende a não resolver e manter alguns sintomas residuais; portanto, o ideal é o tratamento medicamentoso combinado com a psicoterapia, sempre avaliando caso a caso.
Nos casos de Fobias, é recomendado a Hipnoterapia com alto índice de sucesso, pois o medo e pavor inicial é ressignificado durante a sessão.
Clique AQUI, agende uma consulta psicológica ou hipnoterapia e cuide da sua saúde mental.
Te aguardo! Se permita.
Permita-se se conhecer tão profundamente e integrar CORPO, MENTE e ALMA. Me envie whatsapp, e vamos juntos para descobrir suas causas emocionais e afetivas, te fortalecendo em todo processo.
Te aguardo! Se permita.
Conheça também meu canal no Youtube, toda semana novos vídeos sobre o universo da psicologia, se inscreva.
Fonte: Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais - 2a edição - Paulo Dalgalarrondo
Seja o primeiro a comentar!